terça-feira, 23 de setembro de 2008

Pequeno varejo aumenta lucratividade e registra índices de deflação

*Grasiele Vivas

Segundo os dados apurados pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio), o pequeno varejo¹ apresentou deflação de 0,07% no mês de agosto, medido pelo Índice de Preços no Varejo (IPV). Dentre os setores do varejo campeões de queda estão as feiras (-1,38%) e os supermercados (-0,19%).

Apesar dessa queda em agosto, o pequeno varejo registrou um crescimento de lucratividade na faixa dos 13,2%, em julho de 2008, se comparado com o mesmo mês, em 2007. Os segmentos mais lucrativos são: materiais de construção, farmácias e perfumarias. O único setor que apresentou baixa no período foram os pequenos varejistas no setor de autopeças.

O aumento das classes A, B e C, a diminuição das classes D e E – registradas pela Fundação Getúlio Vargas – e a queda nos preços – segundo a Fecomercio – tendem a aumentar o consumo em vários setores varejistas no Brasil. A queda de preços também contribui para o consumo.

1. O pequeno varejo engloba estabelecimentos com até cinco check outs.
*Grasiele Vivas é Assessora de Comunicação e Marketing.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

*No mundo corporativo assim como nos esportes

O Gerente de Treinamento da Merck Sharp & Dohme, Marco Petucco, analisa a importância do treinamento na superação das metas e alcance da excelência em produtividade.

COLHER DE CHÁ: Em um contexto de excelência em produtividade, como deve ser a preparação de uma empresa, na constante busca de melhores resultados?
Marco Petucco: A empresa são as pessoas, claro. Elas devem ser o foco principal sempre.
Qualquer movimento que se faça no sentido de melhorar a qualidade profissional e de vida dos funcionários é imediatamente percebida. Um ambiente organizacional, onde todos possam manifestar suas opiniões e inquietudes, favorece e impulsiona a produtividade duradoura.

CDC: A garantia da boa performance, seja de um profissional ou de um atleta, decorre da sua preparação. Qual a importância do treinamento na superação das metas?
MP: Treinamento e Desenvolvimento é tudo em termos de performance. Não há outra
forma sustentável de garantir resultados. Por mais que o relacionamento conte nesta equação, ele sozinho não garante a sustentabilidade. Treinar, treinar e treinar melhora a confiança e segurança da pessoa em qualquer atividade.

CDC: Como a MSD mensura o retorno do investimento em treinamento e desenvolvimento?
MP: Essa medição ainda é subjetiva, e sistematizá-la é um desafio para os profissionais
de Treinamento e Desenvolvimento. Mas o retorno com treinamento é claramente percebido
nos resultados organizacionais.

CDC: O que um treinamento deve ter para que seus efeitos sejam percebidos em campo?
MP: Qualquer treinamento é absorvido e transformado em mudanças de comportamento, desde que faça sentido para o profissional. Se o colaborador não perceber que a capacitação agrega valor, ele não muda.

CDC: Segundo o ex-jogador de basquete, Oscar Schimidt, sua “mão santa” é “90% treino e 10% talento”. Em vendas, quanto dos resultados tem origem no talento e no treinamento do vendedor?
MP: Talento sem treinamento é desperdício. Treinamento sem talento pode aprimorar o profissional. Habilidades podem ser desenvolvidas, sim. O sucesso em vendas está no tripé: conhecimento, habilidade e relacionamento. No processo de comunicação com o cliente, a empatia é fundamental, e esta competência emocional tem que ser praticada, senão é difícil atuar no foco do cliente.

*Entrevista publicada no Colher de Chá, 2ª Edição, um informativo mensal da Triunfo Consultoria e Treinamento, exclusivo para seus clientes.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

*Dica de Leitura

“Adeus China: o último bailarino de Mao"
De Li Cunxin
Editora: Fundamento


Em sua autobiografia, o famoso bailarino Li Cunxin conta como a “Revolução” Cultural, de Mao Tse Tung, transformou sua vida. O texto traz momentos marcantes: a infância pobre; o amor incondicional pela mãe; a ascensão social através da arte; a visita dos pais após o exílio voluntário. Li Cunxin ensina a como transformar crenças limitadoras, em possibilitadoras. Pela ressignificação, ele nos motiva, devido ao seu forte senso de propósito e determinação. Sua vida é uma grande lição e nos faz compreender como o treinamento dedicado pode transformar sonhos em resultados.

Dica de Scher Soares, Consultor e Diretor da Triunfo Grupo Empresarial.

*Dica de Leitura publicada no Colher de Chá, 2ª Edição, um informativo mensal da Triunfo Consultoria e Treinamento, exclusivo para seus clientes.

Qual o seu recorde?

Carolina Manciola

Segundo o dicionário Houaiss, a palavra recorde significa “proeza desportiva verificada oficialmente e que sobrepuja o que foi feito anteriormente“. Em tempos de Olimpíadas, essa é uma palavra que nos acompanha diariamente. Afinal alguns competidores ganham mais do que medalhas de ouro: eles se tornam recordistas olímpicos.

E o que leva um atleta a buscar a superação? Destaque? Fama? Dinheiro?

Tudo isso é conseqüência. O que realmente motiva um atleta é sua paixão por aquilo que faz.

Por extensão, a palavra recorde também significa “o que ultrapassa uma realização precedente”. Ou seja, os recordes não estão restritos ao mundo dos esportes e muito menos a feitos mensuráveis numericamente. Então, bater um recorde também significa fazer melhor.

Fazendo uma analogia com o mundo corporativo, talvez seja essa a diferença entre as pessoas de sucesso e as que ficam a margem da organização: aquelas estão sempre batendo recordes. Como nos esportes, a motivação desses profissionais é a paixão: paixão pelo que fazem, por suas realizações, por seus resultados.

Do mesmo modo que os atletas, que treinam a exaustão, essas pessoas são extremamente dedicadas e sabem que, para se diferenciar, precisam fazer além do combinado. Muito mais do que cumprir tarefas, essas pessoas são obcecadas por obter resultados extraordinários.

Isso não significa ser um workaholic e deixar para trás seus “anseios” pessoais. Isso significa ser um worklover e confundir trabalho com diversão. Segundo pesquisa realizada pela Universidade de Brasília (UNB), “estar satisfeito com o que se faz é uma das maneiras essenciais de uma pessoa adulta ser saudável, já que o trabalho - que toma a maior parte do dia - certamente tem influência sobre a saúde mental do indivíduo”.

No mundo corporativo, como nos esportes, bater um recorde é mais que superar limites, é vibrar a cada nova conquista, é desejar a sensação de fazer melhor do que já foi feito, de ir além de onde outros já foram. Para isso, some talento, dedicação e paixão... e triunfe!

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Vendedor da Sadia, no Amazonas, aumenta giro de clientes com ação de merchandising

Antenor Cruz, vendedor da Sadia S/A, no município de Itacoatiara (AM), deu uma lição de criatividade e de atitude. Utilizando apenas R$ 60,00 ele criou uma ação de merchandising para cinco pontos de venda diferentes aos quais ele atende no município.

Em parceria com uma gráfica Antenor ontou um folheto (foto ao lado) em preto e branco contendo diversos produtos Sadia já com o valor de venda para consumidor final. Parte inferior, ele Antenor colocou a foto com endereço e telefone do ponto de venda. Com o valor, angariado junto aos clientes atendidos, ele pagou 5 mil folhetos, em preto e branco – 1.000 para cada varejista envolvido na ação.

Com o folheto, o consumidor final sabe onde achar os produtos Sadia. O varejista ganha duplamente,. Primeiro porque o custo é dividido entre os outros pontos de venda envolvidos, diminuindo a necessidade de investimento. Depois o estímulo visual proporcionado pelo folheto estimula a decisão de compra aumentando o giro do produto.

Já o Antenor garantiu a inserção de pelo menos 10 produtos Sadia, com diferentes faixas de preço, aumentando o mix em cada um dos cinco clientes envolvidos e melhorando o valor médio vendido, a partir da venda de produtos de maior valor agregado.

A filial da Sadia, em Maunaus, premiou Antenor com um jantar, pelo comprometimento, criatividade e iniciativa.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Transtorno bipolar e o desempenho profissional*

Comportamento

O transtorno bipolar é um distúrbio bastante comum. Segundo o psiquiatra do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas (HC), Peng Chei Tun, a bipolaridade no comportamento é um transtorno marcado pela variação do humor. A pessoa rapidamente sai de um estado de euforia, felicidade e satisfação e cai em depressão sem uma razão aparente.

"Corremos o risco de ter o transtorno alguma vez na vida. Entre 8% e 10% da população sofrem do problema", explica o psiquiatra do HC, que escreveu o livro "Enigma bipolar” (2007, Editora MG).

O grande problema é que “90% dos bipolares vivem mais a fase de depressão do que a de euforia" – afirma o psiquiatra. "Na maioria das vezes, o transtorno é hereditário. Chama a atenção, a variação entre a felicidade e a tristeza sem controle e exagerados".

Não existe uma idade definida para a manifestação do transtorno bipolar. Mas o problema tende a aparecer na adolescência. Como se trata de uma doença crônica, não existe uma cura permanente. O controle da variação do humor é realizado à base de remédios e terapia

O bipolar e o trabalho

Nas épocas da vida em que o bipolar é muito cheio de energia consegue realizar as tarefas de uma semana inteira em apenas um dia e meio. É quando a empresa aumenta a quantidade de trabalho para ele, depositando muitas esperanças.

Meses depois, no entanto, o profissional pode vivenciar sua fase depressiva e ter dificuldade, inclusive, de ir ao trabalho. O Dr. Tung explica que, nesta fase, o bipolar dorme demais e não consegue acordar na hora, ou dorme pouco e não rende; arranjam várias coisas para fazer à noite e acabam dormindo tarde. Como resultado, a produtividade cai porque a não conseguem acordar e chegam sempre atrasados e, se conseguem levantar da cama, ficam cansados todo o dia.

A impulsividade é outra característica marcante do bipolar. Eles falam e fazem o que querem, sem pensar muito. A vantagem competitiva é que são poucos os profissionais ousados, criativos, que não têm medo de arriscar. O lado negativo é que o bipolar pode colocar a empresa em situações de vulnerabilidade.

Em um cargo de chefia, a pessoa com transtorno bipolar pode acabar sendo injusta e agressiva, embora muitas delas sejam carismáticas e tenham características de líder. “O líder que é bipolar, mas que tende à depressão, geralmente é aquele chefe de que ninguém gosta. Está sempre irritado e triste, é chato e perfeccionista. Ninguém suporta", afirma o médico.

Há bipolares que passam a vida toda no estado eufórico e são muito criativos e produtivos. "São os executivos que acabam sendo bem-sucedidos no mercado. Porém, podem, de repente, se estressar e ficar deprimidos. Então ele entra em um ritmo lento, fica largado, não consegue ir ao trabalho" – diz o psiquiatra do HC.

Por outro lado, há bipolares que estão sempre deprimidos. O problema da fase deprimida é que ela implica queda na produtividade e na qualidade do trabalho e absenteísmo. Ainda existe a pessoa com transtorno bipolar que está sempre "flutuando". Às vezes, ela está bem, outras vezes, está mal. A produtividade cai, mas ela faz de tudo para disfarçar.

*Fonte: InfoMoney (29/08/08)